Todas as centrais sindicais
do país se reuniram na sede da Força Sindical, em São Paulo (SP), na tarde
desta segunda-feira (24), para construir uma proposta substitutiva à Reforma
Trabalhista e que contemple as questões trabalhistas reivindicadas pelos sindicatos.
Na ocasião, dirigentes também reconstruíram uma unidade entre as centrais,
alinhando as exigências da classe.
“Independentemente da Medida
Provisória que o governo irá apresentar, vamos manter nossa defesa contra
trechos inaceitáveis da Reforma Trabalhista, como o trabalho intermitente, a
ausência do sindicato nas homologação dos acordos coletivos e grávidas e
lactantes trabalhando em locais insalubres. A própria terceirização, que ainda
está pendente, também precisa ser discutida”, afirma José Calixto Ramos,
presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
Para Calixto, é importante
ressaltar a reconstrução de uma unidade entre as centrais sindicais, com a
reorganização do Fórum das Centrais. “Houve uma unanimidade entre todos os presentes.
Até então, as centrais estavam trabalhando em ambientes diferentes, com
propostas distintas. Agora, vamos agir por instituição, articulando e buscando
os votos que não temos no Congresso. Com essa clareza de posicionamento
estratégico, vamos ganhar adesão”, avalia o dirigente da Nova Central.
Outra proposta colocada na
reunião é de trabalhar com mais intensidade na base dos sindicatos, reforçando
o diálogo com os trabalhadores no chão de fábrica. “O trabalhador precisa
entender também os riscos que correm com a tentativa de desmantelamento do
sindicalismo. O sindicato é o seguro do trabalhador, é quem o protege e o
defende nessa luta desigual por direitos com o setor patronal”, disse Calixto.
Para ele, a classe trabalhadora ainda não entendeu bem o quão prejudicial o
atual conteúdo da Reforma Trabalhista pode ser. “Vamos manter uma contra
proposta conjunta de mobilização, pois o trabalhador e a trabalhadora ainda não
perceberam a gravidade que é essa reforma e o quanto eles ficam desprotegidos.
Estamos alinhando ações e assembleias em todos os sindicatos do país. Ou
reagimos agora ou toda a base de defesa trabalhista será aniquilada”,
finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário