O presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mudou seu entendimento sobre a ordem de votação do
processo de impeachment, o que gerou bate-boca no plenário. O
primeiro-secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP), leu no início da tarde desta
quinta-feira (14), a decisão de que a votação se dará alternando Estados do
Norte com Estados do Sul e, em seguida, o inverso. Com isso, os estados do
Nordeste, onde o governo tem mais votos, continuam a se manifestar somente ao
final da votação.
A sequência será a seguinte:
RR, RS, SC, AP, PA, PR, MS, AM, RO, GO, DF, AC, TO, MT, SP, MA, CE, RJ, ES, PI,
RN, MG, PB, PE, BA, SE e AL. Em cada Estado, será seguida a ordem alfabética
dos nomes dos deputados.
A decisão gerou bate-boca no
plenário. “Essa votação tem que começar dos Estados do Norte e seguir até o
último Estado do Sul Qualquer coisa diferente desse método é mais uma manobra
de Eduardo Cunha. Ele tenta induzir o plenário desta Casa com mais uma
manobra”, disse Orlando Silva (PCdoB-SP).
“Está claro o regimento. O
PT espalha todo dia que tem 200 votos Se tem 200 votos, por que está com medo?
O regimento é claro. A decisão tomada pelo presidente Eduardo Cunha está
correta. Não há dúvida. O resto é esperneio, desespero do Partido dos
Trabalhadores”, disse Mendonça Filho (DEM-PE).
Regimento
Cunha pretendia começar a
votação pelos Estados do Sul, cujos deputados são majoritariamente favoráveis
ao impeachment. O PT, no entanto, apresentou ontem uma questão de ordem
questionando o procedimento.
“Nós exigimos que o
regimento seja cumprido, no sentido de que, na mesma votação, o senhor
presidente chame um Estado do Sul e um Estado do Norte, um Estado de uma região
e um Estado de outra região. Porque dessa forma, cumprir-se-a o regimento e
respeitar-se-ão de forma isonômica as regiões do Brasil e este plenário”,
afirmou a deputada Maria do Rosário (PT-RS) ao apresentar questão de ordem na
quarta-feira.
(Fonte:
O Estadão)

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