Depois de emitir um
comunicado sobre a superlotação no Hospital Materno Infantil de Juazeiro, a
Secretária Municipal de Saúde da cidade, Fabíola Ribeiro reforçou em
entrevista ao Nossa Voz desta segunda-feira (17) a necessidade de que os
municípios restrinjam os encaminhamentos para aquela unidade hospitalar.
De acordo com a gestora não há negativa de atendimento, mas as condições de internação não são ideais, com a possibilidade de pacientes acomodados em macas e cadeiras pela falta de leitos disponíveis.
De acordo com a gestora não há negativa de atendimento, mas as condições de internação não são ideais, com a possibilidade de pacientes acomodados em macas e cadeiras pela falta de leitos disponíveis.
Ao detalhar o cenário atual, Dra. Fabíola explica que a demanda passou de 1700 atendimentos mensais para 2
mil. “Novembro, dezembro e janeiro, a gente tem um aumento do número de
pacientes. A gente fez essas notificações ao Ministério Público, a Sesab, os
órgãos competentes para que a gente consiga outras vias de nascimento que não
apenas como maternidade de baixo risco a maternidade de Juazeiro”.
Ainda segundo a gestora, o
Hospital Materno Infantil de Juazeiro é referência para 27 municípios baianos,
além de 26 pernambucanos. “Para o lado da Bahia temos uma certa dificuldade de
conseguir outro ponto de nascimento para as mulheres baianas. Aqui em
Pernambuco a gente ainda consegue em outros municípios. Mas de fato
infelizmente a gente tem uma capacidade instalada que é concreta em relação a
número de leitos”.
Questionada se ainda são
admitidos novos pacientes, Fabíola Ribeiro reafirma a manutenção da política de
portas. “Nosso objetivo não é que a população fique temerosa, nossa unidade
está aberta, funcionando. O que está chamando a atenção é que situação de
superlotação é concreta, real, então de uma forma muito direta, o tempo de
espera vai ser maior, as condições para instalação e internação não serão as
ideais porque a gente tem o número de leitos e quando estiverem ocupados vai
ter gente internada em macas e cadeiras, que não é o que a gente acredita e vê
como adequados para uma mulher parir”.
Denúncias de pacientes
A secretária de saúde de
Juazeiro também comentou as denúncias feitas por parturientes que perderam os
filhos após o parto na maternidade municipal. Entre elas estão um grupo de
mulheres que protocolaram queixa junto ao Ministério Público alegando
negligência da unidade.
“Nós enquanto gestores, enquanto diretores de unidades
hospitalares, em hipótese alguma fica contente, feliz, com o desfecho
desfavorável que aconteceu naquela unidade. No ano passado, tivemos 5600 partos
ma maternidade e nós tivemos 14 óbitos neonatais. Se formos para o que se fala
em estatísticas, a gente sabe que a cada 1000 nascidos vivos, a gente
certamente a gente vai ter uma média de três a quatro óbitos neonatais."
"Eu sei que para aquela mãe que perdeu o bebê, para ela é 100%. Então o que a gente tem feito e trabalhado é para que casos como esses não se repitam. De setembro do ano passado, quando aconteceu a mobilização de algumas mulheres, percebam que graças a Deus conseguimos aumentar o número de plantonistas na unidade”.
"Eu sei que para aquela mãe que perdeu o bebê, para ela é 100%. Então o que a gente tem feito e trabalhado é para que casos como esses não se repitam. De setembro do ano passado, quando aconteceu a mobilização de algumas mulheres, percebam que graças a Deus conseguimos aumentar o número de plantonistas na unidade”.
Segundo a gestora,
atualmente 300 300 funcionários incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de
enfermagem e assistentes sociais atuam no Hospital Materno Infantil de
Juazeiro, mas o efetivo ainda não consegue dar conta da demanda absorvida. “A
maternidade começou com 250 partos por mês e tivemos meses esse ano em que
tivemos 540 partos. É desproporcional o que a gente vem aumentando de número de
mulheres tendo necessidade assistência no nosso serviço”.
(As
informações são da Rádio Grande Rio FM)
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